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Mostrando postagens de 2013

Entre redes e raízes: educar filhos em tempos de hiperconexão

📵 Entre redes e raízes: educar filhos em tempos de hiperconexão Vivemos em uma era em que estar online parece ser uma extensão da própria existência. Se a internet cai por alguns minutos, a ansiedade aparece. Se esquecemos o celular em casa, passamos o dia com a sensação de ter deixado um pedaço do corpo para trás. E quando, finalmente, chegamos de volta, somos recebidos com uma avalanche de notificações, mensagens e chamadas perdidas — como se o mundo não pudesse funcionar sem a nossa presença digital. É nesse contexto que mães, pais e cuidadores tentam criar filhos. Em meio a feeds infinitos e fóruns lotados de conselhos, surgem dúvidas que parecem simples, mas que tomam proporções gigantescas: "Qual a melhor maneira de educar?" "O que posso ou não oferecer para comer?" "Será que estou fazendo certo?" E se eu errar?" Sim, os grupos de apoio virtual são valiosos, acolhem e conectam. Mas às vezes, dá até a impressão de que logo alguém vai pe...

As marcas do tempo que a maternidade deixou em mim

Será que envelhecemos mais depois que viramos mães? Há alguns dias, estava olhando meu arquivo de fotos digitais, que vai de 2006 pra cá. Foi então que percebi o quanto envelheci em 7 anos — acho que mais do que nos 15 anos anteriores... Já me disseram que envelhecemos mais rápido depois que nascem os filhos. Será que é isso? Descobertas, novas experiências, noites sem dormir, preocupações e emoções potencializadas a toda hora. Em um único dia podemos sentir medo, frustração, alegria, amor, carinho, culpa, expectativa, impotência, orgulho, saudade, dar gargalhadas, chorar, sentir raiva... Esses sentimentos se entrelaçam e se revezam a cada momento. Hoje tenho rugas que não tinha, estou mais gorda do que estava, tenho mais estrias, mais celulite, mais dores de cabeça e até gastrite! Todos os dias vou dormir exausta. Na maioria das noites, durmo antes das minhas filhas — enquanto tento fazê-las dormir. Ser mãe é, ao mesmo tempo, a coisa mais natural e maravilhosa do ...

Parto normal ou cesária? O que for melhor no momento!

Minha experiência com o parto: entre o sonho do normal e a realidade da cesárea Participo de um grupo de mães no Facebook e, com certeza, um dos temas mais falados nesses espaços é o parto! Muitas defendem o parto normal, outras relatam que preferem a cesárea — e assim surgem inúmeros relatos, prós e contras de ambos os lados. Eu queria muito o parto normal. Minha bebê encaixou no sexto mês e minha médica me passou inibina e repouso absoluto para segurar até a 36ª semana. Com 37 semanas, perdi o tampão mucoso, mas... nada de entrar em trabalho de parto. Cheguei à 40ª semana com apenas 3 cm de dilatação e já estava há três semanas sem tampão. Então, decidimos internar e aplicar ocitocina para ver se as contrações começavam. Entrei no hospital pela manhã. Perto das 11h, a médica aplicou a ocitocina e me disse que, em meia hora, eu começaria a sentir contrações. Mas... passou 1 hora, nada. 2 horas, nada. Por volta das 14h, elas finalmente começaram. A dor era realmente fora do...

Não Apresse a Infância

Não apresse a infância Crescemos e viramos arrogantes, autossuficientes, e achamos que sabemos tudo. Por isso deixamos de descobrir e de curtir as coisas pequenas da vida. Essa semana, li um texto que me chamou a atenção: O dia em que parei de mandar minha filha andar logo . Me chamou a atenção porque, no mesmo dia, percebi que eu também estava fazendo exatamente aquilo que a autora descreveu. Eu também estava fazendo a minha filha correr pela vida. E o mais assustador: já percebia ela me apressando também... É como dizem: criança vê, criança faz . E eu não quero mais que ela me veja estressada, sem paciência, elevando o tom de voz à toa, ou fechando os olhos para as coisas simples da vida. Quero que minha filha continue transformando uma cabana de cobertor em castelo, um tapete em disco voador e um simples lápis em uma varinha mágica! Quero que ela continue me perguntando se pode comprar uma asa igual à da Tinkerbell, continue transformando um copo d'água no m...

O Caminho de Volta

O caminho de volta Esta semana li um texto no Facebook que condiz muito com o que tenho pensado ultimamente. Vale a pena ler! Já estou voltando. Só tenho 37 anos e já estou fazendo o caminho de volta. Até o ano passado eu ainda estava indo. Indo morar no apartamento mais alto do prédio mais alto do bairro mais nobre. Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda. Claro que, para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segundas-feiras. Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe! Mas, com quase quarenta, eu estava chegando lá. Onde mesmo? No que ninguém conseguiu responder, eu imaginei que quando chegasse lá ia ter uma placa com a palavra "fim". Antes dela, avistei a placa de "retorno" — e nela mesmo dei meia-volta. Comprei uma casa no campo (maneira chique de dizer, mas é no meio do mato mesmo). É longe que só a gota serena. Longe do prédio mais alto, do bairro mai...