Não apresse a infância
Crescemos e viramos arrogantes, autossuficientes, e achamos que sabemos tudo. Por isso deixamos de descobrir e de curtir as coisas pequenas da vida.
Essa semana, li um texto que me chamou a atenção: O dia em que parei de mandar minha filha andar logo.
Me chamou a atenção porque, no mesmo dia, percebi que eu também estava fazendo exatamente aquilo que a autora descreveu. Eu também estava fazendo a minha filha correr pela vida. E o mais assustador: já percebia ela me apressando também...
É como dizem: criança vê, criança faz. E eu não quero mais que ela me veja estressada, sem paciência, elevando o tom de voz à toa, ou fechando os olhos para as coisas simples da vida.
Quero que minha filha continue transformando uma cabana de cobertor em castelo, um tapete em disco voador e um simples lápis em uma varinha mágica! Quero que ela continue me perguntando se pode comprar uma asa igual à da Tinkerbell, continue transformando um copo d'água no mais sensacional suco de morango e uma simples dancinha em um show espetacular.
Porque, pra ela, neste momento, tudo isso é verdade! E cabe a mim preservar essa verdade mágica por mais tempo.
Preciso me policiar todos os dias para não deixar essa magia morrer antes do tempo. A infância não volta. Mas o que ela carrega — a imaginação, a pureza e o encanto — pode nos acompanhar pela vida toda, se soubermos respeitar seu ritmo.
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